sábado, 23 de dezembro de 2017

Ψ Repensar, Reciclar, Renovar.. ♻

*É hora de mudança... remover, limpar, varrer, doar, ressignificar...
*A dificuldade em aceitar que precisamos mudar só provoca mais resistência e medo.
*Escolher dançar com a mudança significa que você se permite fluir com ela.  *Deixe-se entrar sem limites na dança caótica da transformação e você será ricamente abençoada com muitas possibilidades. É hora de se permitir fazer algo completamente novo.

Deusa Oya:
Eu trabalho de modo profundo
Sempre em movimento
Eu trabalho de modo dramático
com trovões e relâmpagos
Varrendo e extirpando
Mas também de forma sutil
Empurrando e lentamente deteriorando
Eu rodopio e giro... 
É a forma que encontro para abrir seu caminho
O que não posso é ser ignorada
Chame por mim!

*A Deusa Oya sugere mudança e diz que a terra precisa ser revolvida antes que algo possa ser plantado, e que a mudança vai lhe trazer exatamente àquilo que você precisa para em seu caminho rumo à totalidade. 

*Na mitologia africana a Deusa Oya é a deusa iorubá dos fenômenos climáticos, tornados, raios, fogo, tempestades destrutivas. *Casada com Ogum, sua cor é violeta ... *Liderança feminina, do encanto persuasivo e da transmutação. *Equivale à poderosa Iansã na mitologia brasileira. *Sincretismo: na tradição cristã Santa Bárbara.

*De acordo com a tradição Xamã os animais exibem padrões de comportamentos capazes de transmitir mensagens ocultas a qualquer ser atento o bastante para captar suas lições de vida.

*O que o Esquilo por exemplo pode nos ensinar sobre mudanças ou  medo delas?

Patrícia Christensen
Esquilo... Você armazenou nozes
No oco do tronco, para uma eventual necessidade.
Ensina-me a colher apenas o necessário,
Confiando na Providência Divina
Para efetuar a semeadura e a colheita suficiente,
(sem degradar o ambiente).

*Na insegurança destes tempos é importante ser previdente... poupando para eventuais emergências... entretanto, o sistema capitalista excede ... transformando o ser humano em acumulador compulsivo, e isso sabemos leva a uma condição psicopatológica.

*Na ansiedade, você acaba por acumular coisas em demasia, livre-se delas.

*Isso equivale a um conceito intelectual sectário, preocupação, pressão, estresse... ou meros objetos que você mantém guardados caso um dia venha a precisar. que por vezes só ocupa espaço, impedindo a entrada de outras possibilidades.

*Armazenamento só tem sentido se equilibrado... equilíbrio que resulta da correta circulação e constante renovação do estoque para uma fonte revigorada e melhor qualidade de vida. ... 

O Esquilo ainda ensina a guardar em local seguro o que de fato é importante para nós... 

*Aqui não se refere somente aos bens materiais escondidos em compartimentos secretos... 

*Na dimensão humana, o local mais seguro é ainda poder recorrer ao jardim secreto e inviolável da mente serena e do coração cheio de compaixão por todos os seres vivos... 

*Neste compartimento secreto reside uma fonte inesgotável de energias benéficas  que irão libertar seu coração e mente, propiciando prosperidade e autocura. 

*Os bens que realmente valem à pena são a saúde, a sabedoria e o amor.

"Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. (Mateus 6.19-21)

“TUDO TEM O SEU TEMPO DETERMINADO, E HÁ  TEMPO  PARA TODO  PROPÓSITO  DEBAIXO DO CÉU “. (Eclesiastes  3: 1- 11)

(...) o seu tempo é um presente dos Deuses... mas não é o tempo dos deuses ... por isso é tão valioso que não tem preço... Ainda há quem diga que tempo é dinheiro...

*Lembramos que na mitologia o deus cronos é por excelência o deus do tempo.

Ivan Akimov
*Cronos (em grego: Κρόνος, Krónos), é o mais jovem dos titãs, filho de Urano, o céu estrelado, e Gaia, a terra.

*Cronos simbolicamente é o tempo medido pelo relógio, calendário, rotina. É o tempo determinado dentro de um limite.

*Kairos remete ao  momento certo, oportuno. Refere-se a um aspecto qualitativo do tempo.
                                                                                                           
Fonte: Amy Sophia Marashinsky - O Oráculo da Deusa
Jamie Sams & David Carsom- A Descoberta do Poder Através  da Energia dos Animais
https://pt.wikipedia.org › wiki › Chronos de pt.wikipedia.org
Ψ Fatima Vieira - Psicóloga Clinica

domingo, 17 de dezembro de 2017

Ψ Conselho Federal de Psicologia repudia mudanças na política de saúde mental

Proposta do Ministério da Saúde desfigura a política de saúde mental e afronta diretrizes da política de desinstitucionalização psiquiátrica

(...) Entre as modificações propostas pelo governo estaria a manutenção de leitos em hospitais psiquiátricos, a ampliação de recursos para comunidades terapêuticas e a limitação na oferta de serviços extra-hospitalares.
Para o CFP, o texto do Ministério da Saúde contém pontos que desfiguram a política de saúde mental e afrontam as diretrizes da política de desinstitucionalização psiquiátrica, prevista na Lei 10.216/2001, além de violar as determinações legais no que se refere à atenção e cuidado de pessoas com transtorno mental estabelecidas na Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiência e na Lei Brasileira de Inclusão.
Além disso, o plano vislumbra um redirecionamento progressivo de uma rede comunitária para um modelo baseado em instituições médico centradas, privadas, promotoras de estigma e segregação e que se mostrou historicamente ineficiente.   

Nada adiantou. Nem mesmo estes, entre tantos outros apelos de profissionais e entidades especializadas foram suficientes. A reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) do Sistema Único de Saúde (SUS) aprovou, sem nenhum tipo de discussão, na manhã desta quinta-feira (14), em Brasília, as mudanças na política de saúde mental propostas através de portaria do Ministério da Saúde.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Saúde Mental, Paulo Amarante, a controversa portaria foi aprovada a “toque de caixa”. “Não foi aberta a palavra. Eu pedi a palavra, o Ronald Ferreira dos Santos, presidente do Conselho Nacional de Saúde, pediu também e o ministro respondeu grosseiramente que não daria a fala a ninguém. A portaria só foi lida. Não tivemos qualquer possibilidade de manifestação”, disse.


Sérios retrocessos - Desde que a portaria que altera a política de atendimento à saúde mental foi colocada em pauta, várias entidades, como o Conselho Federal de Psicologia (CFP), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos (PFDC) se manifestaram contra.


De acordo com eles, a portaria impõe sérios retrocessos no tratamento de pacientes com transtornos mentais e a usuários de álcool e drogas. Todos temem, sobretudo, o retorno da internação de pessoas com transtornos em hospitais psiquiátricos.


Para o psiquiatra Leon Garcia, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, esta “é a maior ameaça à política de saúde mental desde 1990 [quando começaram as discussões sobre a reforma psiquiátrica]”. Para ele, além de dar aval a hospitais psiquiátricos, a medida traz o risco de desfinanciamento de outros serviços.


A procuradoria, por sua vez, alegou que “as mudanças afrontam os direitos humanos e a reforma psiquiátrica antimanicomial adotada no país, pois limitam os recursos para unidades que trabalham com a reinserção psicossocial de pessoas, como serviços residenciais terapêuticos, ao passo que aumentam o custeio de hospitais psiquiátricos”.


“Considerando que há o dever legal de diminuir as internações hospitalares e a segregação das pessoas com deficiência, para que elas sejam de regra atendidas em serviços extra-hospitalares, não há razoabilidade no aumento do custeio dos hospitais psiquiátricos, na diminuição do financiamento ao gestor local que fechar leitos para atender no modelo extra-hospitalar, e na manutenção do número de leitos em hospitais psiquiátricos. Não há como não enxergar que esta política apenas incentiva a manutenção de hospitais psiquiátricos, o que viola frontalmente a Lei nº 10.216/2001 e nega às pessoas com transtorno mental o direito de serem tratados em serviços”, diz a nota.


Também em nota, o CFP disse ser contrário à proposta do Ministério da Saúde de mudança na política de saúde mental. O conselho destaca que, na semana passada, foi concluído encontro com dezenas de instituições que marcou os 30 anos de mobilização em defesa do fim dos manicômios. Nele, foi aprovada a Carta de Bauru, que reafirma que “uma sociedade sem manicômios é uma sociedade democrática”.


A Comissão - A Comissão Intergestores Tripartite conta com representantes do Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O presidente do Conasems, Mauro Junqueira, disse à Agência Brasil que “boa parte da proposta é muito interessante, tem avanços”, mas discordou de que as mudanças vão ampliar a internação em hospitais psiquiátricos.


Ministério da Saúde - O Ministério da Saúde foi procurado pela Agência Brasil, mas a assessoria informou que as propostas finais do órgão serão apresentadas na reunião, prevista para as 8h30.


“Retrocesso na saúde mental?” - 
Em artigo publicado nesta quinta-feira (14), na sessão “Tendências e Debates”, da Folha de S.Paulo, com o título “Retrocesso na saúde mental?”, vários profissionais ligados à saúde mental se posicionaram contra a portaria.


De acordo com eles, “nos últimos 30 anos, o Brasil construiu uma política de Estado para portadores de transtornos mentais que ganhou o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde”. Neste novo cenário, “o orçamento federal, que antes subvertia a lógica ao priorizar internações, hoje destina 75% de seus recursos para serviços extra-hospitalares, que ajudam homens e mulheres a encontrar saúde mental e felicidade lá onde ela pode estar, no cotidiano da vida em comunidade”.


Para os profissionais, “a proposta ressuscita o financiamento de ambulatórios de saúde mental, sobrepostos aos serviços comunitários existentes. O conjunto das propostas privilegia a internação e duplica serviços. Como os recursos são escassos e decrescentes, o resultado será o sucateamento da rede comunitária de saúde mental”.


"Maior ameaça à política de saúde mental desde 1990”;  “As mudanças afrontam os direitos humanos e a reforma psiquiátrica antimanicomial adotada no país”; 
“O ministro da Saúde não pode desfazer numa canetada uma política de Estado amparada pela legislação federal, pelo controle social do SUS e mundialmente reconhecida por seus resultados”.
Desfiguração da política de saúde mental - Entre os pontos mais críticos da proposta do Ministério da Saúde, o CFP ressalta a desestruturação da política de desinstitucionalização, que se dá pela decisão equivocada de revogar a permanência do valor das autorização de internação hospitalares (AIHs) nos municípios referentes das internações de moradores psiquiátricos após sua saída dos hospitais. Isto retira recursos de uma política já subfinanciada e desestimula municípios a promoverem a retirada de moradores de hospitais. Da mesma forma, as minutas dão brecha para a existência de residências em ambientes hospitalares, o que desconfigura a essência da desinstitucionalização, que é retomar a vida em comunidade.
Outra medida criticada pelo CFP é o financiamento de ambulatórios psiquiátricos, porque muitos municípios irão migrar de modelo, pautado na atenção comunitária, para outro medicalizante, caro e ineficaz. Esta migração será decorrente da impossibilidade de aumento de custos. Este modelo ainda irá minar as ações de saúde mental que vêm se fortalecendo na atenção primária a saúde.
Fonte: Conselho Federal de Psicologia, Revista Fórum, A Folha  
Ψ Fatima Vieira - Psicóloga Clínica 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Pablo Picasso - Blue Period 1900/ 1904

                                                             Casagemas in His Coffin (1901)
Esta pintura faz parte de uma sequência sobre a morte de Carlos Casagemas, filho do consul americano em Barcelona, pintor e amigo do artista. 
O suicídio de Casagemas, por causa de uma decepção amorosa, gerou profunda devastação no artista, que afirmou ter começado a pintar em azul após refletir sobre a morte do amigo.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

(...)

(...) O pior inimigo, todavia, que poderá encontrar és tu mesmo. 
Nas cavernas e nos bosques te espreitas (...)
Solitário, segues o caminho que te conduz a ti mesmo! 
E por teu caminho desfilam diante de ti tu mesmo e teus sete demônios: és o herege, o feiticeiro e adivinho, doido, incrédulo, ímpio e o malvado.
É preciso que sintas a necessidade de consumir-te em tua própria chama.
Como querias renascer sem primeiro te conduzires às cinzas?

Friedrich Nietzsche, (1844-1900) in Assim Falou Zaratustra
Ψ Fatima Vieira - Psicóloga Clínica