sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

sem mais ... Wolinski, Cabu, Charb, Tignous


 Desenho de Wolinski sobre o Rio, no formato de uma longa tira (Foto: BBC) 
O desenho, no formato de uma longa tira, foi dado ao guia de turismo carioca Marcelo Armstrong, que criou o "Favela Tour", um passeio que leva turistas a comunidades como a Rocinha, que fez parte do roteiro do cartunista. Ele era parte de um grupo de profissionais no País para a Bienal Internacional de Quadrinhos.

"A charge retratava impressões sobre sua estada no Rio de Janeiro, que tive o prazer de ajudá-lo a conhecer. Estava ali registrada sua critica à nossa persistente violência urbana. Ontem, a violência de um terrorismo covarde e insano, nunca imaginada naqueles (recentes) tempos de 1993, iria tirar-lhe a vida, na segura e civilizada Paris", disse Marcelo Armstrong.

No desenho, Wolinski fez observações sobre o poder do tráfico nos morros cariocas, referências a organizações criminosas e à cumplicidade da polícia no comércio da droga. "Ele se impressionou com nossas discrepâncias", acrescentou Armstrong.

 Wolinski chamou as praias do Rio de "paraíso californiano" com seus surfistas e adeptos da corrida. Ele elogiou a beleza e alegria dos cariocas e, com a ilustração de mulheres de biquini, comentou o que chamou de ‘indecência pudica’ e ‘inocência sem perversão’ vista nas areias.

Cartunistas brasileiros expressaram a indignação em relação ao atentado ocorrido na França: Dois deles, Ziraldo e Chico Caruso, guardam dedicatórias de uma das vítimas - o mestre da sátira Wolinski.

 “É muito chocante porquê é uma coisa inimaginável você entrar pela redação e atirar a esmo, matar doze pessoas. Quer dizer, que civilização é essa? É uma coisa muito estranha. Eu fiquei chocado, todo mundo ficou muito chocado. O Wolinski teve no Brasil, aqui em casa. Me fez uma dedicatória que é fantástica”, conta o cartunista Ziraldo. “Ele era muito inteligente. Fez um retrato meu, uma caricatura que eu acho sensacional, que é feito com poucas linhas. Poucas e boas. O meu retrato..."

"É o imponderável travestido de guerra santa, mas é uma covardia religiosa isso. Covardia criminosa travestida de religiosa”, afirma o cartunista Chico Caruso.

“É inimaginável que eles tenham escolhido justamente um desenhista, um cartunista que fica com a sua canetinha, desenhando com seu nanquim e que tenham provocado uma reação tão monstruosamente deformada”, lamenta o cartunista Jaguar.

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