domingo, 16 de outubro de 2011

Ψ outros fragmentos dos cinquenta minutos que valeram à pena...

Prefiro a guerra das flores a mais humana das lutas.
Aos que fracassaram muitas flores, aos outros a semente... 

Há que se semear e muito, até colher as belas flores e a fragrância do canteiro alheio nem sempre é mais doce...
… mas preciso aprender a dizer Bom Dia! como todo mundo, é que pela manhã meus fantasmas ainda ruminam.
Um colar, brinco e anel, o batom, é claro! Falar o necessário, comer idem... Tenho a impressão que toda "falácia" é só para protelar o que tem que ser feito!
Pois nas longas noites de inverno meus sonhos não tem sido tão coloridos, acabo aquecendo meus fantasmas e todos os outros do inconsciente coletivo.
Começa mais um dia sabe como eles se cumprimentam? Bommm Diaaaa!!!!
 (e no decorrer do expediente, tratam de esmagar o dia do outro).
Tem dias que as palavras como seiva doce descem macias, em outros seiva amarga destilam seu veneno e me maltratam... Eu sei o que estou dizendo!
Escrevo para preencher espaços vazios da alma. Tem dias que minha alma não aceita palavras derramadas, ela quer poesia elaborada, mas não tenho paciência para rimas nos dias em que sou um vendaval solto, um mar revolto, um bicho acuado... poesias desconexas... um dia saberei o que dizer!
E vou além, nada mais me assusta, a morte até perdeu seu mistério... o segredo? É viver o aqui e agora, ainda que certos momentos sejam de puro tédio. A felicidade até existe "quem foi que disse que a vida é somente riso nunca pranto, como se fosse a primavera, não é tanto..." (João Bosco)
Por vezes fico só e quieta olhando o nada, (a morte deve ser um pouco isso), não me sinto nem aflita nem feliz, apenas vivo! Não é porque cantam os pássaros que são mais felizes, eu já ouvi tristes melodias e em dias ensolarados!
A chuva barulhenta, o inverno gelado, o vento raivoso não mais me afligem, nem choro mais... Lágrimas também secam após um certo tempo.
Eu escrevo por puro desespero e por autocompaixão, é uma forma de continuar existindo. Mas dói o meu ombro direito... Meu Deus e quando eu não poder escrever meus delírios???
São apenas fragmentos de uma vida vivida e sofrida que escolheu o silêncio e a solidão como companhia mas aceita outras solidões avulsas...
Não é que não me reste mais nada, tenho até um animal de estimação, uma abelha e tenho as violetas logo, não sou tão só assim...
Os dias nublados foram longos e deixaram marcas, eu não devo mais nada a ninguém, e quanto à vida parei de reclamar, estamos quites !
Sobre o Amor: Ah esse é tão delicado e forte... quando correspondido é o êxtase, do contrário, SINTHOMA!
 Ele estava ao seu lado o tempo todo, a dama envolvida com a sua dor não o via...
(Fatima Vieira in: fragmentos dos cinquenta minutos que valeram à pena)

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