segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

... e o mundo sobrevive sem mim




Na multidão
não me sinto acolhida
O mundo está cheio
e sobrevive sem mim
O outro é tanto
que o eu torna-se
desnecessário
não me requisitam
se solicito não me ouvem
Histeria mundana
onde todos se esbarram e não se olham
invoco proteção como um colo de mãe
e recebo um empurrão
Se desabafo
mal me escutam
"é coisa da tua cabeça"
você está alienado,
pode ser loucura...
Eles continuam indiferentes
pregando as suas "verdades"
Instalo-me só num canto do mundo

Fico à espreita
Assim vou percebendo que a indiferença deles
é o abandono de todos,
é só angústia disfarçada
Estamos todos sós!
(FatimaVieira/ 2010)

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